terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Exclusivo: Coluna Fora Do Lance: Mirandinha, bem lembrado no Tricolor!

Por Zadir Marques Porto*No futebol, como em tudo na vida, nem sempre as coisas acontecem de acordo com a previsão, ou aquilo que parece provável. Quantos jogadores talentosos surgiram e desapareceram com a mesma rapidez até mesmo sem motivo aparente? Neste caso podemos encaixar Osvaldo dos Santos Miranda (Mirandinha) que surgiu no Fluminense de Feira em 1981, na gestão do saudoso presidente Edson Ramos. Oriundo de Andaraí (BA), ele chegou ao tricolor, ao lado do canhoto Helinho, um ano antes para o quadro juvenil e logo a dupla tomou conta das camisas 9 e 11 do Touro. Veloz, valente e incansável em campo, o garoto Vadinho que foi ”rebatizado” como Mirandinha, esqueceu as caçadas de badogue na Chapada Diamantina para infernizar a vida dos zagueiros em campo.

Com 1.73m de altura, forte e destemido, bom pelo alto, o garoto logo chamou atenção de outros clubes inclusive do Bahia, na época sob o comando do técnico Aymoré Moreira que olhava com simpatia aquele futebol simples e objetivo que tinha como caminho o gol adversário. Descoberto pelo desportista Severiano, quando atuava no Flôr de Lis, clube amador da Chapada, Mirandinha foi indicado ao então presidente tricolor Alberto Oliveira que autorizou a sua contratação bem como a do seu conterrâneo Helinho, e não se arrependeu, já que ambos tinham tudo para deslanchar.

Com muitas bolas nas redes adversárias e sobretudo, uma movimentação incessante em busca do gol, Mirandinha caiu no gosto da torcida que ainda não havia esquecido o artilheiro Almeida, do time Campeão Baiano de 1963 e sonhava com um substituto à altura. O propalado interesse do Bahia, do América do Rio e de um clube paulista, o que foi anunciado na época, parece ter interferido na carreira do jovem atacante que terminou sendo cedido à Catuense, onde atuava seu irmão com o mesmo nome, mas era defensor. Daí em diante pouco se soube sobre aquele atacante que surgiu como uma grande promessa do futebol baiano e com a mesma rapidez desapareceu do cenário que parecia muito promissor!

*Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Exclusivo: Coluna Fora Do Lance: Paulo Roberto: Futebol elegante, toque lépido, drible milimétrico, violência zero

Por Zadir Marques Porto*- Ídolo de uma torcida, jogador inesquecível, é difícil se estabelecer esse paradigma ao longo dos anos devido às mutações que ocorrem no futebol, antes não tão corrido e onde se procurava mais a qualidade técnica do jogador. No futebol profissional de Feira de Santana encabeçado pela dupla Fluminense e Bahia, mas que também já contou com o Astro, Palmeiras Nordeste, Vasco e São Paulo, surgiram nomes expressivos guardados até hoje, na memória de muitos torcedores.

Falando apenas dos atletas natos da Cidade Princesa não se pode deixar de citar: Gilson Porto, Mundinho, Carlinhos Malaquias, Val, Almeida, Renato Azevedo, Edinho, Zelito, Jorginho, Junior Baiano, Jorge Wagner, Alex Alves, Fabio Baiano e Paulo Roberto, recentemente falecido que talvez tenha sido tecnicamente o melhor.

Paulo começou nas peladas no campo da Palmeira, bem próximo à sua residência na Rua Vasco Filho, no campo do Colégio Estadual e no Campo dos Casados, todos nas imediações da Estação Rodoviária e atuou no futebol amador local no Vasco, do técnico Setenta e Quatro, antes de ser levado para os juvenis do Fluminense. Futebol elegante, toque lépido, drible milimétrico, violência zero, pouca conversa, não ficou muito com a camisa do juvenil. No time de cima e imediato Paulo fez “abrir os olhos” de vários clubes. O Bahia saiu na frente oferecendo o zagueiro Fiscina e uma boa compensação financeira, ao presidente do touro, Dilermando Simões, mas o Flamengo já estava com o nome dele na agenda por indicação do técnico Walter Miraglia. Todavia foi o Vasco da Gama que agindo com rapidez levou o craque. Isso em 1975. O lateral esquerdo João Augusto, também viajou para o Rio, todavia não ficou em São Januário.

No clube da Colina, apesar da natureza sabia fazer e formou no ataque do time principal: Fumanchu, Paulo Roberto, Roberto Dinamite, Dirceu e Ramon. Houve outras formações, mas sempre com o jogador feirense na meia e logo ele chegou a ser considerado como provável convocado para a Seleção Brasileira. Uma contusão no joelho direito, num jogo com o Flamengo, mudou o roteiro da história.

Depois de uma cirurgia a volta no Campo Grande, emprestado pelo Vasco, depois no futebol do Espírito Santo e o retorno ao Fluminense de Feira, onde encerrou a carreira voltando a residir na rua Vasco Filho até o falecimento no dia 10 de janeiro de 2024. Calado, respeitoso, discreto, amigo, sobretudo técnico, Paulo Roberto foi, sem duvida, o grande nome do futebol local, talvez sem o brilho ou o reconhecimento que merecia, exatamente pela sua forma discreta de viver.

*Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Exclusivo: Coluna Fora Do Lance: Na Bahia famílias inteiras de craques

Por Zadir Marques Porto* - Antes um divertimento, numa época em que não havia a gama de entretenimentos atuais o futebol era quase o único lazer ou distração para a garotada e bem ao alcance de todos, muito embora contrariando a opinião da maioria dos pais que não queriam seus filhos atrás de uma bola “coisa de moleque”, a exemplo de tocar violão. Mesmo assim, famílias inteiras andavam nos campos de baba (pelada), formavam times, geralmente usando nomes de clube do Rio de Janeiro, que era o melhor futebol do Brasil e alguns de São Paulo.

Mas logo veio o tempo da valorização do jogador de bola, embora muito tênue em relação ao cenário atual, e muitos talentosos jovens que vestiam a camisa de clubes amadores galgaram o futebol profissional com sucesso. Embora sem estar calçado em dados oficiais, já que não os possuo e isso pode me levar a erros, para o que já peço desculpas antecipadamente, quero lembrar a importante participação de famílias de desportistas baianos que contribuíram de forma decisiva para o sucesso do futebol da Boa Terra.

Em Itabuna a família Riela esteve representada em campo pelos irmãos: Lua, Leto, Carlinhos e Fernando Riela. Em Salvador a família Gonçalves não ficou atrás e colocou nos gramados o quarteto: Carlinhos Gonçalves, Kleber Bubu, Romenil e Ricardo, No mesmo período (anos 60/70/80) Feira de Santana dizia presente nos campos de futebol com outro quarteto: Gilson, Edson, Júlio e Manoel Porto, filhos de Mario Porto, considerado o maior artilheiro do futebol amador baiano, com passagem pelo profissionalismo.

Todavia, os quartetos relatados levam uma verdadeira goleada em relação à família Conceição Pereira (Elias Pereira Filho e Tereza da Conceição Pereira), também de Feira de Santana, que colocou em campo em período similar oito profissionais: Edinho Conceição “Edinho Jacaré”, Escurinho (falecido) Nildo, Zelito, Evaldo, Zean, Nilson (falecido) e Joelson. O pai deles Liuba (Elias) foi volante com destaque no amadorismo. E para não perder a “parada” essa família feirense continua presente no futebol profissional com Patrick Veron, formado nas divisões de base do Bahia. Como citei, não tenho dados oficiais sobre o assunto, que aqui explano por considerá-lo interessante e sem a atenção necessária dos que gostam de futebol. Erros são para ser corrigidos. Assim, havendo, corrigi-los significa melhorar e podem fazê-lo!

*Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.


quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Exclusivo: "Dito isso, é só esperar a bola rolar ou, em alguns casos, saltitar!"

Por Zadir Marques Porto* - Natural que antes de um evento com a

tradição e a grandeza (ultimamente nem tanto)

do campeonato baiano de futebol profissional

da divisão especial, haja um ambiente de

expectativa entre desportistas - torcedores,

dirigentes, cronistas e tantos outros que

vivenciam o futebol. Todavia neste início de

2024, véspera da abertura do certame, ao

contrário de anos anteriores, o cenário é

positivo e animador, o que, no entanto, não

significa um sucesso antecipado.

A volta do E.C. Vitória à primeira divisão

do futebol nacional, justo prêmio pela bela

campanha e conquista do titulo da segunda

divisão, ao lado do audacioso projeto do E.C.

Bahia/City, são trunfos valiosos que podem

enriquecer o certame, pontilhando-o de astros

como Éverton Ribeiro, expressivo meio-

campista que já mostrou e carimbou seu

currículo no CR Flamengo e agora é tricolor.


Além disso, é válido destacar a volta do

tradicional Jequié e do Jacobina à primeira

divisão, mediante meritórias campanhas na

segunda divisão. Ao lado deles também

estarão: Bahia de Feira, Juazeirense,

Alagoinhas, Barcelona, Itabuna e Jacuipense.

Há, portanto, um cenário positivo e animador

para os desportistas, lamentando apenas a

qualidade negativa de alguns gramados onde a

bola terá de rolar. Dito isso, é só esperar a bola

rolar ou, em alguns casos, saltitar! 


*Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Ano-Novo com muito esporte

Um Feliz Ano-Novo!

Que 2024 possa ser repleto de momentos felizes no esporte.

Obrigado pelas visitas.Continue lendo o blog. Caso queira, deixe seu comentário.

Felicidades!


Exclusivo: Escolha difícil!

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