quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Exclusivo: Coluna Fora Do Lance: Na Bahia famílias inteiras de craques

Por Zadir Marques Porto* - Antes um divertimento, numa época em que não havia a gama de entretenimentos atuais o futebol era quase o único lazer ou distração para a garotada e bem ao alcance de todos, muito embora contrariando a opinião da maioria dos pais que não queriam seus filhos atrás de uma bola “coisa de moleque”, a exemplo de tocar violão. Mesmo assim, famílias inteiras andavam nos campos de baba (pelada), formavam times, geralmente usando nomes de clube do Rio de Janeiro, que era o melhor futebol do Brasil e alguns de São Paulo.

Mas logo veio o tempo da valorização do jogador de bola, embora muito tênue em relação ao cenário atual, e muitos talentosos jovens que vestiam a camisa de clubes amadores galgaram o futebol profissional com sucesso. Embora sem estar calçado em dados oficiais, já que não os possuo e isso pode me levar a erros, para o que já peço desculpas antecipadamente, quero lembrar a importante participação de famílias de desportistas baianos que contribuíram de forma decisiva para o sucesso do futebol da Boa Terra.

Em Itabuna a família Riela esteve representada em campo pelos irmãos: Lua, Leto, Carlinhos e Fernando Riela. Em Salvador a família Gonçalves não ficou atrás e colocou nos gramados o quarteto: Carlinhos Gonçalves, Kleber Bubu, Romenil e Ricardo, No mesmo período (anos 60/70/80) Feira de Santana dizia presente nos campos de futebol com outro quarteto: Gilson, Edson, Júlio e Manoel Porto, filhos de Mario Porto, considerado o maior artilheiro do futebol amador baiano, com passagem pelo profissionalismo.

Todavia, os quartetos relatados levam uma verdadeira goleada em relação à família Conceição Pereira (Elias Pereira Filho e Tereza da Conceição Pereira), também de Feira de Santana, que colocou em campo em período similar oito profissionais: Edinho Conceição “Edinho Jacaré”, Escurinho (falecido) Nildo, Zelito, Evaldo, Zean, Nilson (falecido) e Joelson. O pai deles Liuba (Elias) foi volante com destaque no amadorismo. E para não perder a “parada” essa família feirense continua presente no futebol profissional com Patrick Veron, formado nas divisões de base do Bahia. Como citei, não tenho dados oficiais sobre o assunto, que aqui explano por considerá-lo interessante e sem a atenção necessária dos que gostam de futebol. Erros são para ser corrigidos. Assim, havendo, corrigi-los significa melhorar e podem fazê-lo!

*Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.


Um comentário:

  1. Excelente resgate da memória e percepção da história do futebol baiano em sua relação passado-presente (os campos de baba, os clubes amadores e o futebol profissional), com destaque para “famílias inteiras de craques”.

    ResponderExcluir

Obrigado por comentar.Querendo volte sempre!

Exclusivo: Escolha difícil!

Coluna Zadir Marques Porto Até hoje a torcida do Fluminense de Feira diverge sobre aquele que teria sido o melhor técnico do tricolor ao lon...