Coluna Zadir Marques Porto
Em meados da década de 1960, anos de 1965/1966, dirigentes do futebol da Inglaterra com o intuito de propiciar maior proteção aos goleiros iniciaram um movimento para que esses atletas utilizassem um capacete, citando os arqueiros de hóquei sobre patins que usam máscara, além de camisas e calções especiais (acolchoados) e os jogadores de rúgbi e beisebol que também usam proteções.
Coincidentemente, enquanto na Inglaterra ocorria esse movimento, no Brasil o arqueiro Gilmar, da Seleção Brasileira, deixava definitivamente de usar joelheiras, que eram obrigatórias, alegando que esse equipamento dificultava a circulação do sangue, com aprovação do médico da seleção Hilton Gosling.
Desse modo, na década de 1960, século passado, naturalmente, as joelheiras desapareciam dos campos de futebol e paradoxalmente, anos após, os goleiros passavam a usar luvas, exatamente quando as bolas ficavam menores, mais leves e de material sintético que não ’incha’ quando molhada como as antigas de couro cru!
Ainda em relação a incipiente iniciativa inglesa do capacete para goleiros, um estudo feito na época, no futebol brasileiro, apontou que apesar do aparente perigo que enfrenta debaixo dos ‘três paus’, dos onze jogadores em campo o goleiro é o que menos sofre contusão. ‘Um zagueiro, um médio apoiador e um atacante, estão muito mais propensos a uma contusão’, apontou o estudo.
Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.