quarta-feira, 30 de julho de 2025

Goleiros usando capacete - A moda quase pega

Coluna Zadir Marques Porto 

Em meados da década de 1960, anos de 1965/1966, dirigentes do futebol da Inglaterra com o intuito de propiciar maior proteção aos  goleiros iniciaram um movimento para que esses atletas utilizassem um capacete,  citando os arqueiros de hóquei sobre patins que usam máscara, além de camisas e calções especiais (acolchoados) e os jogadores de rúgbi e beisebol que também usam proteções.

Coincidentemente, enquanto na Inglaterra ocorria esse movimento, no Brasil o arqueiro Gilmar, da Seleção Brasileira, deixava definitivamente de usar joelheiras, que eram  obrigatórias, alegando que esse equipamento dificultava a circulação do sangue, com aprovação do médico da seleção Hilton Gosling.

Desse modo, na década de 1960, século passado, naturalmente, as joelheiras desapareciam dos campos de futebol e paradoxalmente, anos após,  os goleiros passavam a usar luvas, exatamente quando as  bolas  ficavam menores, mais leves e de material sintético que não ’incha’ quando molhada como as antigas de  couro cru!

Ainda em relação a incipiente iniciativa inglesa do capacete para goleiros, um estudo feito na época, no futebol brasileiro, apontou que apesar do aparente perigo que enfrenta debaixo dos ‘três paus’, dos onze jogadores em campo o goleiro é o que menos sofre contusão. ‘Um zagueiro, um médio apoiador e um atacante, estão muito mais propensos a uma contusão’, apontou o estudo.

Zadir Marques Porto é jornalista e radialista. 


sexta-feira, 11 de julho de 2025

Juiz de futebol é Excelência mesmo!

Coluna Zadir Marques Porto 

‘O Eterno Futebol‘, livro de autoria do médico e também ex-jogador paulista Mário Trigo (Mário Hermes Trigo de Loureiro) que integrou como dirigente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e  foi dentista da Seleção Brasileira de futebol nas Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1966, além de muitos fatos importantes relacionados com o  escrete nacional e clubes por onde ele passou como atleta e médico reúne alguns casos que, embora verídicos, podem ser classificados como no mínimo hilários.

Gualter Portela Filho, árbitro da Federação   Carioca de Futebol, foi designado para  apitar um jogo  em Uberlândia, Minas Gerais. Também viajou para o interior mineiro o jornalista e amigo Teixeira Heizer, que faria a cobertura do jogo para um jornal do Rio de Janeiro. Terminada a peleja Gualter Portela Filho procurou o amigo inutilmente, até que conseguiu a informação.  ‘O jornalista? Ele foi preso!’.

Assustado corre à Delegacia de Policia de Uberlândia tendo a notícia confirmação. O jornalista havia brigado com um torcedor e estava preso.  Pediu então ao delegado de plantão a liberação do jornalista, justificando que ele teria de retornar ao Rio de Janeiro na comitiva. O delegado meio desconfiado pergunta a Gualter ‘o senhor é advogado?’ e Gualter, sem pensar responde ‘eu sou juiz!’. O delegado muda de tom ’muito bem, vou liberar o jornalista, mas Vossa Excelência ficará responsável por ele aqui na cidade, até o embarque de vocês’ e assim foi feito!

Zadir Marques Porto é jornalista e radialista. 

 

Colunista do blog lança mais um livro

O acadêmico Djalma Dilton, também colunista deste   Blog Prosa Sobre Esporte,  tem encontro marcado com o seu leitor fiel. Retratos em preto...