Coluna Zadir Marques Porto
Em um campo de futebol são vários os personagens em ação para o transcurso de 90 minutos de jogo: atletas (titulares e reservas) técnicos, auxiliares, médicos, massagistas, gandulas, roupeiros, maqueiros, árbitros, um verdadeiro “batalhão”. Esses são os que ficam dentro do campo, diretamente envolvidos no “espetáculo”. Não incluímos nesse rol os policiais, que são fundamentais para a segurança do evento, assim como porteiros, técnicos em eletricidade e vários outros trabalhadores que atuam em diferentes funções. Do mesmo modo não falamos no torcedor, que é a razão do espetáculo e não fica dentro das quatro linhas, salvo quando, erradamente, invade o gramado.
Todavia o “personagem” mais importante dentro de campo, sem ganhar milhões, como muitos jogadores e técnicos, sem esnobar na tevê, com explicações às vezes inexplicáveis como a maioria dos ‘professores’, sem fama e, de forma lamentável, levando chutões indesejáveis é a BOLA! E por isso mesmo quem manda dentro de campo é ELA!
Quando ELA quer vai docilmente para as redes, mas quando cisma, não há quem a faça entrar. Quantas e quantas vezes a bola bate no travessão ou nas barras verticais, bate na zaga, ou no jogador do mesmo time que chutou, muda de rota inesperadamente, sai fraca e sem direção ou “voa” para fora do estádio? São situações indesejadas pelos atletas que se esmeram tanto nos treinamentos, mas na hora necessária, não sai como planejado. Outras vezes, nas mãos do goleiro ela resolve escapar, ou na hora do chute ela não sai com a eficiência desejada pelo atacante.
Então quem rege o espetáculo dentro do gramado é a BOLA e não quem a conduz ou a chuta, nem quem marca o jogo e o tempo. Indiferente à paixão do torcedor, aos gritos do técnico, aos conselhos dos mais experientes, em determinado momento ela só faz o que quer. Então Viva A BOLA!!
Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.
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