Coluna Ronaldo Gomlevsky
Real Madrid, Barcelona, Atléticos de Madrid e de Bilbao, Valladollid e muitos outros, sempre vieram ao Brasil, adquirir nossos grandes craques de futebol.
A esmagadora maioria de nossos atletas que, bem cedo em idade, viaja para mostrar a arte futebolística que possuem é de jogadores pretos.
A grande questão é que, quando atuam e se destacam, sempre, a torcida adversária encontra xingamentos preconceituosos, atos obscenos, lançamentos de bananas ao campo e gritos de macaco, para brindá-los com todo o ódio cujos torcedores aprenderam em casa, com papai e mamãe e transmitem sempre, independente de serem jovens, já adultos ou velhos.
Os espanhóis e portugueses, com os navios negreiros que singravam os mares para buscar carne negra escravizada na África e despejá-la pelas Américas e também pela Europa, através de lucros financeiros espetaculares, rebaixavam os seres humanos que lhes serviam de instrumento e objeto de compra, venda e lucro para lhes enriquecer, como se o fato de ser preto tirasse do homem, a condição de gente.
Não faz muito, Dani Alves pegou da grama do campo de jogo, uma banana que lhe havia sido atirada, junto com a pecha de macaco que algum branco idiota lhe cuspira, descascou a fruta e a degustou, num dos gestos mais inteligentes que se pode observar e que ilustra bem a matéria.
A total responsabilidade por atitudes racistas de torcedores espanhóis, em campos de jogo, usando uniforme das agremiações por quem torcem, é a Fifa, coadjuvada pelas federações locais.
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