Coluna Zadir Marques Porto
Avizinha-se a disputa do Campeonato Baiano da Segunda Divisão de profissionais gerando uma expectativa incomum entre os desportistas, em particular, os de Feira de Santana. Um momento angustiante para uma cidade com cerca de 700 mil habitantes, embora o Censo do IBGE insista em um menor quantitativo populacional, contestado pelos que residem na Princesa. E aí não estamos falando da região metropolitana que deve ultrapassar um milhão de habitantes.
No momento há um vazio enorme e inconcebível quando se trata do futebol profissional. A Associação Desportiva Bahia de Feira – o Tremendão, representante da cidade há mais de uma década com absoluto sucesso, incluindo um titulo estadual e dois vices, foi recentemente rebaixada e não nos cabe aqui arguir motivos, tão somente lamentar o acontecido.
Sem a ADBF os olhos do torcedor, independente de paixão por cor de camisa, voltam-se para o Fluminense, que desde 1954 integra o futebol profissional da Bahia, com o indiscutível mérito de ter sido o primeiro do interior a fazê-lo, do mesmo modo que o primeiro interiorano a usar a Faixa de Campeão Baiano em duas oportunidades e numa mesma década: 1963/1969.
Hoje o futebol profissional de Feira, que vale lembrar, já contou com as equipes do Vasco, São Paulo, Astro, Palmeiras Nordeste e Feirense – além de naturalmente, Fluminense e Bahia – está desprovido de um lídimo representante e desse modo, deve vestir, quando nada simbolicamente, a camisa do Touro. Evidente que, por conta de rivalidades, muitos não aceitam a ideia, mas está depositada no Fluminense a esperança de ver a antiga “terra das boiadas”, voltando ao Joia da Princesa. Já pensaram em 2025 com o melhor estádio do interior da Bahia mais uma vez fechado, silencioso?
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