Coluna Zadir Marques Porto
O uso do nome de batismo nos atletas de futebol tornou-se tão comum como beber água. É a modernidade que aflora em todos os setores da vida. Nas transmissões esportivas é exaustiva a repetição de nomes e em muitas ocasiões, numa mesma equipe, há tantos homônimos só diferenciados pelos sobrenomes. Todavia, o mais interessante é que quanto mais “xarás” aparecem a qualidade cai, ou para não ser ferino, não melhora. Isso é fruto principalmente das “escolinhas”, onde a gurizada é recebida e tratada pelo nome de registro..
Nada contra isso, em hipótese alguma, mas talvez por fazer parte da “velha guarda”, lembro-me bem dos bons tempos, em que o narrador esportivo, enfatizava: Boquinha, Vermelho, Canhoto, Veludo, Mamoeiro, Ventilador, Beijoca, Pavão, Ladeira, Pitôco, Amaro Pipa, Baiaco, Borracha, Alemão, Fio, Cipó, Maromba, Hélio Abacate, Charuto, Russo, Ximbinha, Capitão, Merrinho, Chinesinho, Babá, Pinga, Manoelzinho, Garrincha, Canário, o eterno Pelé e tantos outros.
Pode ser apenas ilusão, ou “miolo de minhoca”, mas a impressão é que o futebol era mais democrático, mais popular e muito mais mágico. Hoje, os apelidos são até considerados "bullying" enquanto antes eram comuns dentro das famílias e nos babas. Arreliar ou apelidar era coisa comum! Evidente que alguns não gostavam do apelido e ai era fatal, pegava mesmo! Mas afora isso, apelido era coisa comum em uma época em que tudo era muito mais simples e agradável. Saudade dos apelidos e dos craques que os prognosticavam!
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