terça-feira, 9 de abril de 2024

Exclusivo: Bicho!

Coluna Zadir Marques Porto

A gratificação no futebol, ou ao jogador de futebol, naturalmente quando é obtido o resultado desejado e necessário, geralmente uma vitória, valendo classificação, título, ou mesmo evitando um decesso, é coisa antiga e tão comum, que hoje não desperta críticas como já chegou a acontecer, por parte de alguns desportistas.

O mais interessante, no entanto, é a  denominação dada a essa gratificação: BICHO!. É possível que muitos desportistas, até mesmo a grande maioria desconheça a razão. O doutor Mário Trigo (Mario Hermes Trigo de Loureiro), paulista de intensa presença no futebol brasileiro, como atleta e médico (odontólogo) de vários clubes e da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1966, no seu excelente livro “O Eterno Futebol” lançado em 2002, esclarece todas as dúvidas sobre  o assunto.

Conforme Mário Trigo, tudo começou no Vasco da Gama, um dos gigantes do futebol brasileiro. Momentos antes de um jogo de grande importância para o clube de São Januário, um torcedor de prenome Abel, dono de uma casa de charques na Rua do Acre e também bicheiro, entrou no vestiário do clube e anunciou aos atletas “Se vocês ganharem o jogo, eu darei um galo para cada um!”.

 “O valor de um galo era de cinquenta mil réis e cinquenta é a dezena do galo, no jogo do bicho. Conforme o jogo, ele daria um coelho (10), um cachorro (20) e uma vaca (100)”. Assim, conta Mário Trigo, no seu livro, surgia o “bicho” no futebol e os outros clubes passaram a fazer como o Vasco (ou o torcedor vascaíno), premiando seus jogadores com o “bicho”. 

Zadir Marques Porto é jornalista e radialista. 


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