Coluna Zadir Marques Porto
Sempre prejudicado pelas arbitragens desde 1954 quando ingressou no profissionalismo, já que os clubes da capital não admitiam perder para os ‘tabaréus’ do interior, em Outubro desse mesmo ano o time tricolor perdia de 2 x 0 para o Ypiranga, no antigo estádio da Fonte Nova. O atacante pernambucano Elias, já falecido, em jogada pessoal passou por dois adversários e marcou para Fluminense que jogava melhor em visível sinal de reação.
Peixoto Nova árbitro do jogo correu para o meio do campo confirmado a legitimidade do gol, mas o auxiliar Luiz Zago, apontou impedimento e chamou Peixoto Nova, conversaram e o tento foi anulado. Ninguém entendeu e Ariston Carvalho, diretor do clube indignado, determinou que os jogadores sentassem em campo, o que foi feito.
Com os atletas tricolores parados e sem goleiro sob a trave, a bola foi rolada pelo time canário que marcou o terceiro gol. Os jogadores do tricolor continuaram sentados na grama, o juiz Peixoto Nova chamou a Polícia Militar e mandou prender os jogadores do Fluminense. Assim, sem cometer violência, apenas por protestar de forma pacífica contra um absurdo erro de arbitragem o Fluminense foi preso, e a crônica esportiva da capital, como fazia invariavelmente, criticou o tricolor omitindo o erro da arbitragem.
Zadir Marques Porto é jornalista e radialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar.Querendo volte sempre!