Coluna Djalma Dilton
Da série - ESTÓRIAS DE PIGUIRRITA -
(Todo Técnico é vilão!) - I
Nasce um personagem no mundo do futebol, apesar de anônimo no emprestado vulgo, existiu na vida real o atleta, futebolista amador, que até presentemente sempre me conta experiências vividas na prática deste encantador e deslumbrante esporte.
Assim, como eu, talvez, o meu personagem tende a ver o futebol como os saudosistas veem.
Dizem que todo brasileiro é um "expert" técnico desta prática esportiva e aproveita, desta sua capacidade, na busca de vilões, para justificar o insucesso do seu clube, do qual é ferrenho torcedor.
Com a imagem imputada de "bode expiatório" (aquele que leva culpa no lugar do outro) injustamente adquirida, mesmo nos seus erros e acertos, conforme for o julgamento.
Já tivemos técnico dirigindo a Seleção Brasileira, conhecido como bonachão, obeso e dorminhoco, que por várias oportunidades era surpreendido com sacudidelas, para ser acordado com seu ronco e limpar a baba que escorria no uniforme, com o auxílio de uma toalha felpuda, sempre entrelaçada no pescoço, enquanto o jogo transcorria nas quatro linhas; "Senhor Feola, o jogo acabou!" Na sua autoconfiança, assustadoramente, respondia: "ganhamos de quanto?" Aos pulos e gritos incontidos pela comemoração do inédito título, dizia: "de cinco, de cinco Professor! Somos Campeões do Mundo! Ganhamos de 5 x 2!" - Ainda inconsciente da sonolência, responde: "sonhei com este momento!"
E, assim, acontece o primeiro Título Mundial, na Copa de 1958, realizada na Suécia, com a goleada contra os donos da casa!
Também, pudera, com a carismática sorte de levar Pelé e Garrincha; ainda, contava com um técnico dentro de campo, o Maestro, inventor da "folha seca;" seu nome, DIDI.
Djalma Dilton é escritor, poeta, compositor e cantor. Membro da Academia Brasileira de Artes Integradas. Ex-jogador do Bahia de Feira nos anos 1960 a 1962.
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